Conto ou não conto
Podia não ter significado absolutamente nada. Era apenas uma tarde ensolarada como tantas outras, final de aula, ônibus atrasado, quase nenhum dinheiro no bolso, na carteira, no banco, nada de novo, nada, só aquela vontade de rever aquela moça, aquela face, sorriso, cabelo. Ponto de ônibus, gente conhecida, todos amigos amigas colegas. Tudo igual. Quem diria que ela se sentaria ao seu lado? Quem diria que ela perguntaria: puxa, porque você tá tão estranho? E ele? Responderia? Se calaria? Respondeu. Apaixonado, sim, mas por quem, não falo. Ela, delicadeza que dava amor, não perguntou, não quis saber. Só disse que boba aquela que não queria. Se ela, quereria. A palavra veio na boca, o coração pulsou tão forte que deu vontade de gritar, o calor o fazia suar, corou, sentio enjôo - embora se perguntasse o que era aquele aperto no seu estômago - fingiu não ter entendido, medo medo medo, pavor, mediu as palavras, como falaria, chorou - por dentro, embora as lágrimas insistissem em mostrar o choro - mas coragem não teve para contar.
Comentários
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Abraços
Fábio
Carina, que legal que vc gostou.
minha vida
to brincando, mas quem nunca teve um amor platonico?
muito bom, gostei mesmo
quase chorei "por dentro, embora as lágrimas insistissem em mostrar o choro"
hoje sobra coragem, mas falta ela...
Vilma, mas é que a gente acaba não contando sempre, mesmo...ainda bem...kkkk